Não há nada de educativo em ver um animal preso!

Durante muitos anos visitei zoológicos e parques aquáticos com os meus filhos ou com grupos escolares. Durante muitos anos assisti e comovi-me com shows de acrobacias de golfinhos e focas ou equilibrismos de papagaios e araras. Durante muitos anos olhei e apontei para macacos, zebras, elefantes e tantos outros, achando que esta era uma forma legítima de ensinar os mais novos. 

Não é!

Não há nada de educativo em ver um animal preso!
Não há nada de educativo em legitimar formas de cativeiro!

"Nem o melhor zoológico ou parque aquático do mundo (...) é capaz de reproduzir o habitat natural de mamíferos de grande porte, como elefantes, ou que estão acostumados a nadar grandes distâncias diariamente, como baleias e golfinhos.... "

É comum vermos, nestes  ambientes de cativeiro, animais com sinais evidentes de stress e tristeza, visíveis nas estereotipias, alterações de comportamente ou até comportamentos de agressividade e revolta para com os visitantes.

Ainda que muitos jardins zoológicos tenham boas condições nutricionais, de cuidados médicos e de instalações, falamos sempre de animais selvagens arrancados do seu habitat em nome de um negócio de milhões de euros. Há outras maneiras de cuidar, estudar e preservar as espécies. Não são é tão lucrativas.

Não é possível educar sem coerência. 

 Ao levarmos os mais novos a estes locais estamos a ensinar e a perpetuar este tipo de espaços e atitudes perante a vida animal.

Como mãe e educadora, esta é a minha verdade, a minha coerência. Assumidamente e desde sempre contra circos e touradas!

Assumidamente, e mais recentemente, contra parques aquáticos com animais e jardins zoológicos.

Estamos sempre a aprender, e a mudar, e a evoluir...